Sobreviventes da Covid-19 adquirem até 80% de proteção, diz estudos
Com isso, especialistas pontuam que é importante que sejam vacinados os jovens que nunca se infectaram
Foto: Reprodução/Michell Mello/Secom
Três estudos independentes dos Estados Unidos, Reino Unido e Dinamarca indicam que a proteção contra o coronavírus após infecção natural é de cerca de 80%. Especialistas consideram uma boa notícia, mas se preocupam com o risco dos 20% restantes.
As principais preocupações são que uma proteção não absoluta significa que os infectados (assim como os vacinados) não estão livres para sair à rua sem máscara, nem desrespeitar as regras de distanciamento. Outra preocupação é que com o acompanhamento máximo de oito meses, os novos estudos não dizem se a imunidade vai durar mais que isso. E, por último, não se sabe de as novas variantes podem driblar essa imunidade.
Com isso, os especialistas acreditam que entre os jovens saudáveis, seria importante vacinar primeiro os que nunca se infectaram com o vírus.
"Como claramente existe uma proteção induzida por infecção prévia, de ordem semelhante a algumas vacinas, num cenário de escassez de doses se pode argumentar que é mais importante vacinar logo que nunca se infectou", disse Stuart Sealfon, pesquisador da escola médica do Hospital Mount Sinai, de Nova York, que estuda o assunto.