Solicitação de defesa de Braga Netto para acesso a documentos sobre tentativa de golpe é rejeitada por Moraes
Ex-ministro da Casa Civil e da Defesa está detido desde dezembro do ano passado, acusado de obstrução de Justiça
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes recusou à defesa do general Walter Braga Netto um pedido para conseguir acesso total aos documentos e mídias relativos à apuração sobre a tentativa de golpe. A deliberação de Moraes é da última terça-feira (21).
Entre os arquivos requeridos contém trechos da delação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, em que parte do conteúdo continua sob sigilo.
No pedido exposto ao STF, o advogado do oficial, José Luis Oliveira Lima, explicou que o requerimento foi realizado “demonstrando a necessidade desta Defesa receber cópia de todos os elementos produzidos durante a investigação, para garantir o devido exercício do direito de defesa”.
Moraes, contudo, proibiu com a alegação de que o requerimento foi analisado prejudicado, argumentando que “o amplo acesso já está garantido e este procedimento tramita publicamente, de modo que os advogados regularmente habilitados podem obter cópias das mídias e documentos que se encontram acautelados na Gerência de Processos Originários Criminais, diretamente junto à Secretaria Judiciária desta Suprema Corte”.
O ex-ministro da Casa Civil e da Defesa está detido desde dezembro de 2024, com acusações de obstrução de Justiça.
Depois da prisão, o militar, acusado por participar da tentativa de golpe, trocou de advogado. A defesa do ex-ministro comunicou que, além do acesso aos documentos, requisitaria uma acareação entre o general e o delator, Mauro Cid.
