Solidão aumenta em cerca de 30% risco de infarto e AVC
Um quarto dos adultos norte-americanos com 65 anos ou mais estão socialmente isolados
Foto: Reprodução/ commons
O isolamento social e a solidão estão associados a um aumento de cerca de 30% no risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC), segundo uma análise da Associação Americana do Coração, publicadas na quinta-feira (4) no Journal of the American Heart Association.
O risco de isolamento aumenta com a idade devido a fatores de vida como viuvez e aposentadoria. Quase um quarto dos adultos norte-americanos com 65 anos ou mais estão socialmente isolados. A prevalência da solidão é ainda maior, com estimativas de 22% a 47%.
Apesar disso, adultos mais jovens também acabam se isolando. Uma pesquisa da Universidade de Harvard descreve a “Geração Z” (adultos atualmente com 18 a 22 anos) como a mais solitária.
O levantamento também sugere que isso pode ter se intensificado durante a pandemia da Covid-19, principalmente entre jovens adultos de 18 a 25 anos, idosos, mulheres e indivíduos de baixa renda.
Os pesquisadores também identificaram que fatores socioambientais, incluindo transporte, moradia, insatisfação com as relações familiares e desastres naturais, também afetam as conexões sociais.
As análises mostraram que são mais consistentes as ligações entre isolamento social, solidão e morte por doença cardíaca e acidente vascular cerebral, com um aumento de 29% no risco de ataque cardíaco ou morte por problemas cardíaco e de 32% no risco de acidente vascular cerebral e morte por AVC.
Os adultos socialmente isolados com três contatos sociais ou menos por mês podem ter um risco 40% maior de acidente vascular cerebral ou ataque cardíaco.