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Soltura de cônsul alemão preso pela morte do marido é negada por delegada

Uwe Hebert é acusado de ter matado o marido dentro de casa, no Rio

Por Da Redação
Ás

Soltura de cônsul alemão preso pela morte do marido é negada por delegada

Foto: Reprodução

A delegada Camila Lourenço negou a soltura do cônsul da Alemanha, Uwe Hebert Hahn, de 61 anos, preso pela morte do marido belga, Wlater Henri Maximilen Biot, de 52. O consulado da Alemanha tentou relaxar a prisão ao alegar que o alemão tem direito a imunidade diplomática. 

De acordo com Lourenço, pelo fato do crime não ter sido praticado em território de embaixada ou de consulado, a imunidade imposta por eles não se aplica à situação.

“O crime não foi praticado em território de embaixada ou consulado, foi praticado no interior de um apartamento da zona sul, ou seja em território brasileiro, e não guarda relação com exercício das funções consulares. A imunidade prisional, inclusive o consulado tentou argumentar comigo a respeito da imunidade prisional da convenção de Viena. A imunidade prisional diz respeito apenas a prisões preventivas, que devem ser decretadas pela autoridade judiciária. No caso aqui estamos lidando com uma prisão flagrancial, é muito diferente de prisão preventiva. São dois institutos completamente diferente. E a imunidade diplomática e prisional, neste caso, não se aplica”, disse a delegada à Jovem Pan.

O crime aconteceu na cobertura onde o casal vivia em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro. O próprio alemão entrou em contato com o Corpo de Bombeiros e pediu socorro pela vítima. Às equipes, ele afirmou que o marido tinha passado mal e batido a cabeça. Porém, os profissionais relataram que a vítima tinha diversas marcas roxas e lacerações pelo corpo. 

 “As nossas conclusões foram pautadas na perícia técnico-científica, a necropsia e a perícia de local, que apontam de forma segura para a existência de lesões provocadas de forma contundentes, ou seja lesões recentes e antigas espalhadas por todo o corpo, que sugerem ter havido espancamento. A versão apresentada pelo cônsul revela-se frágil, inverossímil. Diante desse arcabouço probatório, eu me sinto seguro para afirmar que estamos diante de uma hipótese de homicídio”, disse a delegada.

O acusado nega que tenha assassinado o próprio companheiro. Ele passou a noite na delegacia do Leblon, também na zona sul da capital, antes de ser levado para o presídio de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro. 

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