Saúde

Somente 27% das mulheres negras têm acesso ao pré-natal no Brasil

Especialista alerta para importância da relação médico-gestante durante a gravidez

Por Da Redação
Ás

Somente 27% das mulheres negras têm acesso ao pré-natal no Brasil

Foto: Agência Brasil

O racismo e a desigualdade social são barreiras que impedem que pessoas negras tenham acesso digno à saúde. Dados do  Ministério da Saúde, por exemplo, apontam que apenas 27% das mulheres negras têm acesso ao pré-natal. Segundo a Dra. Ana Cristina Fernandes, membro da Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (Febrasgo), a relação médico-gestante é fundamental durante todo o período da gravidez.

“A assistência pré-natal é preventiva e terapêutica, pois visa manter o bem-estar durante todo o período gravídico, culminando ao parto adequado e menores índices de morbidade e mortalidade materno-fetal. Em seu conjunto, envolve avaliação clínica e procedimentos complementares de laboratório e imagem direcionados ao binômio materno-fetal”, disse a especialista.

As consultas de pré-natal devem começar logo que o casal deseje engravidar. Isso porque durante a assistência é possível  verificar a presença de doenças prévias ou condições que possam oferecer risco à sua gestação e ao bebê. Nas consultas, são avaliados o uso de medicações para evitar doenças no feto e abolir maus hábitos na gravidez.

“No mínimo, devem ser feitas seis consultas pré-natais ao longo da gravidez. O ideal é que haja consultas mensais até o sétimo mês de gestação, depois quinzenais e, chegando perto do parto, após o oitavo mês, essas consultas devem se tornar semanais. O agendamento pode se adequar às condições e complicações maternas”, explicou Ana Cristina.

Durante a consulta pré-natal, é realizada anamnese e exame clínico geral, avaliando as modificações e adaptações do corpo da gestante, avaliação de risco gestacional e prevenção de intercorrências mórbidas para o binômio materno-fetal. São verificados os batimentos cardíacos do bebê e a pressão arterial, o incremento de peso e acompanhado as queixas comuns da gravidez, estando atento às intercorrências, ao histórico da paciente e às mudanças relatadas.

Exames de sangue também são solicitados para avaliar o tipo sanguíneo, hemograma e o controle da glicemia, afastando riscos de diabetes gestacional e também para verificação de doenças infectocontagiosas, como sífilis, toxoplasmose, hepatite B e C, rubéola e HIV. 

 
 

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