"Somos obrigados a aceitar todos os tipos de corrida", afirma motorista por aplicativo
Os manifestantes se concentram na Avenida Tancredo Neves
Foto: Farol da Bahia
Os motoristas da Uber, 99, Rappi e outros aplicativos de transportes estão uma carreata em protesto aos assassinatos que ocorreram no bairro da Mata escura, na última sexta-feira (13). Os manifestantes se concentram em frente aos escritórios da Uber e 99 POP, na Avenida Tancredo Neves, nesta segunda-feira (16).
"A Uber, 99POP e o Governo do Estado não se pronunciaram em nenhum momento desde quando ocorreu a chacina sexta-feira. Nós, agora, junto com o presidente do sindicato, Átila do Congo, buscamos uma solução para esse problema", afirmou o motorista Ricardo Carvalho, em entrevista ao Farol da Bahia.
Ricardo Carvalho durante o protesto / Foto: Farol da Bahia
Por causa do protesto, o trânsito está lento no local. "Peço desculpas para as pessoas que estão presas no trânsito, mas não vamos sair daqui, os verdadeiros presos foram as pessoas que foram mortas", continuou. "Todos os dias nós rodamos inseguros, a cada passageiros que nós aceitamos, ficamos preocupados".
Eles pedem que as plataformas se posicionem em relação à identificação do passageiro, questão da taxa de aceitação e de cancelamento. "Somos obrigados a aceitar todos os tipos de corrida, pois existem uma taxa de aceitação e cancelamento, eles exigem que mantenhamos uma porcentagem para sermos aceitos e se isso não ocorre, somos bloqueados. Eu vivo disso, só tenho esse emprego", concluiu Ricardo.
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