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STF adia julgamento sobre demarcação de terras indígenas pelo "marco temporal"

Ação será retomada na próxima quarta (01)

Por Da Redação
Ás

STF adia julgamento sobre demarcação de terras indígenas pelo "marco temporal"

Foto: Mariana Alves/Futura Press/Estadão Conteúdo

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou para a próxima quarta-feira (1), o julgamento da ação que determina se as demarcações de terras indígenas devem seguir o "marco temporal". A análise da proposta começou nesta quinta-feira (26). O "marco temporal" prevê que os indígenas só tem o direito de reivindicar a demarcação de terras nas quais já estivessem estabelecidos antes da data de promulgação da Constituição de 1988.

Em junho, o relator, ministro Edson Fachin, já apresentou voto no plenário virtual contra a medida, classificando ação como "etnocídio" da cultura indígena. "A perda da posse das terras tradicionais por comunidade indígena significa o progressivo etnocídio de sua cultura, pela dispersão dos índios integrantes daquele grupo, além de lançar essas pessoas em situação de miserabilidade e aculturação, negando-lhes o direito à identidade e à diferença em relação ao modo de vida da sociedade envolvente, expressão maior do pluralismo político assentado pelo artigo 1º do texto constitucional”, argumentou. 

A tese do "marco temporal" foi acatada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em 2013, que concedeu ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (antiga Fundação de Amparo Tecnológico ao Meio Ambiente - Fatma) a reintegração de posse de uma área que localizada da Reserva Biológica do Sassafrás, em que fica a Terra Indígena Ibirama LaKlãnõ e onde vivem os povos xokleng, guarani e kaingang.

Na ocasião, o TRF-4 manteve decisão tomada em 2009 pela Justiça Federal em Santa Catarina. Um recurso da Fundação Nacional do Índio (Funai) que questiona a decisão também será julgado pelo STF.

Organizações de defesa dos direitos indigenistas montaram um telão, do lado de fora do tribunal, para que os indígenas acampados em Brasília pudessem acompanhar o julgamento. Na tarde de ontem (25), foram realizadas manifestações contra o "marco temporal". 

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