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STF forma maioria de votos para manter punição a militares por críticas a superiores publicamente

Ministro Dias Toffoli e relator da ação afirma que a medida não fere a Constituição

Por Da Redação
Ás

STF forma maioria de votos para  manter punição a militares por críticas a superiores publicamente

Foto: Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou, nesta quarta-feira (12), maioria para manter punição a militares que criticarem publicamente atos de superiores em assuntos relacionados à disciplina militar ou resoluções do governo. O julgamento está previsto para terminar na noite desta quarta.

A ação apresentada pelo PSL  - partido que foi incorporado pelo União Brasil - questiona a validade de um trecho do Código Penal Militar que prevê punição que chega até um ano de detenção. O partido alega que a regra fere a liberdade de expressão.

O ministro Dias Toffoli e relator da ação, defendeu que a medida não fere a Constituição. 

"A norma pretende evitar excessos no exercício à liberdade de expressão que comprometam a hierarquia e a disciplina internas, postulados esses indispensáveis às instituições militares, e, assim, em última análise, impedir que se coloquem em risco a segurança nacional e a ordem pública, bens jurídicos esses vitais para a vida em sociedade", escreveu.

Toffoli ressaltou que a Constituição trata a segurança pública de forma diferenciada, uma vez que as carreiras policiais e militares constituem braço armado.

O relator afirmou ainda que cada caso deve ser analisado individualmente, e que nem toda crítica a superiores ou à disciplina da carreira pode ser enquadrada como indevida ou punida.

Além de Toffoli, os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, André Mendonça, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski votaram a favor. 

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