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Política

STF forma maioria para condenar homem que quebrou relógio de Dom João VI no 8 de Janeiro

Relator do caso, Alexandre de Moraes propôs 17 anos de prisão para Antônio Cláudio Alves Ferreira

Por Da Redação
Ás

Atualizado
STF forma maioria para condenar homem que quebrou relógio de Dom João VI no 8 de Janeiro

Foto: Reprodução/TV Globo

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos nesta sexta-feira (28) para condenar Antônio Cláudio Alves Ferreira, que quebrou o relógio de Dom João VI, durante os atos golpistas de 8 de Janeiro. 

A pena de Antônio Carlos ainda vai ser definida. Ele é réu no STF por crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima.

A obra histórica, trazida para o Brasil por Dom João VI em 1808, virou um dos símbolos dos atos golpistas no Palácio do Planalto. O relógio é feito de casco de tartaruga e com um tipo de bronze que não é mais fabricado. No começo de 2024, a peça foi enviada para restauração na Suíça.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, propôs uma pena de 17 anos de prisão.  Cristiano Zanin e Luiz Edson Fachin, no entanto, defenderam uma pena menor, de 15 anos. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, também vota pela condenação, mas em quatro crimes.

No voto, Moraes afirmou que há um “robusto conjunto probatório” contra Ferreira. O investigado foi preso após fazer registros dentro do Palácio do Planalto. Ele também esteve no acampamento montado em frente ao QG do Exército, por onde passavam pessoas que defendiam intervenção militar, que é inconstitucional.

Durante interrogatório, Ferreira confessou que danificou um vidro para ingressar no Planalto e disse que "em razão da reação dos órgãos de segurança, resolveu danificar o relógio histórico e rasgar uma poltrona, os quais estavam na parte interna do prédio e, após, jogou um extintor nas câmeras". A defesa dele pediu absolvição. 

Até o momento, o Supremo já condenou 224 pessoas pelos ataques às sedes dos Três Poderes.

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