• Home/
  • Notícias/
  • Política/
  • STF forma maioria para corrigir erro que comprometia aquisição de armas para tribunais
Política

STF forma maioria para corrigir erro que comprometia aquisição de armas para tribunais

O pedido foi feito pela Divisão de Controle de Armas da PF, que apontava equívocos na menção de incisos dos decretos na decisão do Supremo

Por FolhaPress
Ás

STF forma maioria para corrigir erro que comprometia aquisição de armas para tribunais

Foto: Gustavo Moreno-SCO-STF

O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta segunda-feira (11) para corrigir a decisão da corte que invalidou dispositivos de decretos assinados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que flexibilizavam a aquisição, o porte, a posse e a comercialização de armas de fogo.

O pedido foi feito pela Divisão de Controle de Armas da Polícia Federal, que apontava equívocos na menção de incisos dos decretos na decisão do Supremo que podia comprometer a aquisição de armas para o Judiciário e para o Ministério Público.

A divisão da PF afirmou que a correção seria necessária para "minimizar os transtornos decorrentes" da redação, "visto que, da forma equivocada como foi publicada, a declaração de inconstitucionalidade veda, inclusive, a aquisição e importação de armas de fogo, munições, acessórios por todos os Tribunais e pelo Ministério Público".

O pedido foi levado ao plenário virtual do Supremo, no qual os ministros apresentam os seus votos no sistema da corte durante um determinado período de tempo.

A sessão de julgamento deste caso se encerra às 23h59 da segunda-feira (11). Até lá, pode haver pedido de vista (mais tempo de análise), de destaque (para levar o caso ao plenário físico) e os ministros também podem mudar seus votos.

O relator do processo é o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, que votou determinar que o entendimento do STF fosse republicado, com as retificações solicitadas.

Seu voto foi seguido pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Edson Fachin.

Até as 15h, ainda não haviam votado os ministros Gilmar Mendes, Kassio Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux.

Em junho deste ano, o Supremo invalidou, por unanimidade, a eficácia de trechos de quatro decretos editados por Bolsonaro que flexibilizam as regras para aquisição e porte de armas de fogo.

Entre os dispositivos estão o que afasta o controle do Comando do Exército sobre a aquisição e registro de alguns armamentos e equipamentos e o que permite o porte simultâneo de até duas armas de fogo por cidadãos.

As regras já tinham sido suspensas pela ministra Rosa Weber em 2021, e os decretos foram revogados. O tema, porém, ainda precisava ser analisado pelos demais ministros para servir como base para análise de possíveis futuros casos.

As normas também diminuíam a fiscalização do Exército sobre a circulação de armas. Elas chegaram a ser criticadas no Congresso sob o argumento de que as alterações deveriam ser feitas por lei, e não por decisão individual do chefe do Executivo.

Rosa considerou que as regras são incompatíveis com o sistema de controle e fiscalização de armas instituído pelo Estatuto do Desarmamento e ultrapassam os limites do poder regulamentar atribuído ao presidente da República pela Constituição.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário