STF inicia análise do pedido de anulação do impeachment de Dilma
Ministro Alexandre de Moraes foi o único a se manifestar contrário a decisão, até o momento
Foto: Agência Brasil
O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar, na última sexta-feira (6), uma solicitação de anulação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que foi afastada em definitivo do cargo em agosto de 2016.
O ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, representante da petista no processo, chegou a realizar uma romaria a gabinetes de ministros do STF no fim do ano passado para que o caso fosse julgado pelo plenário. Segundo ele, uma matéria dessa importância, no caso o afastamento da então presidente da República, exigiria um debate presencial entre os integrantes da Corte.
Relator dos mandados de segurança, o ministro Alexandre Moraes negou provimento aos recursos da defesa e iniciou o julgamento virtual do caso. Quando os ministros não se reúnem presencialmente para debater o assunto, somente apresentam os votos no sistema eletrônico do tribunal. A votação é finalizada na quinta-feira.
Até o momento, o relator foi o único a votar. Após se manifestar anteriormente sobre o caso, Moraes afirmou que as ações haviam perdido o objetivo, já que o mandato de Dilma teria sido finalizado em 2018, caso ela tivesse sido mantida no cargo.
A anulação do impeachment não faria Dilma retornar à Presidência, contudo, a defesa acredita que o julgamento é fundamental para encerrar o debate relacionado aos direitos políticos da petista.
Uma possível anulação do processo também reforçaria o discurso que Dilma foi vítima de um "golpe" parlamentar organizado pelo então vice-presidente Michel Temer, que assumiu a Presidência depois do impeachment.