STF mantém prisão de condenado por colocar bomba em caminhão no Aeroporto de Brasília
Alexandre de Moraes aponta descumprimento de medidas cautelares e risco de novas infrações por Alan Diego dos Santos

Foto: Reprodução
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nesta segunda-feira (7), manter a prisão preventiva de Alan Diego dos Santos Rodrigues, condenado a cinco anos e quatro meses de prisão por ter instalado uma bomba em um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro de 2022.
Alan foi preso em 26 de junho, no Mato Grosso, após mandado expedido pelo STF, e passou por audiência de custódia no dia seguinte. Na decisão que determinou a prisão, Moraes apontou indícios consistentes de que Alan Diego participou diretamente da colocação do artefato explosivo no caminhão-tanque e considerou haver risco de fuga ou de novas práticas criminosas, o que justificou a prisão preventiva.
O ministro destacou que Alan descumpriu medidas cautelares anteriormente impostas, como o uso de tornozeleira eletrônica e a obrigação de comparecimento à Justiça em datas estipuladas. “Como indicado pela denúncia, há indícios suficientes que apontam para a participação efetiva do denunciado Alan Diego dos Santos Rodrigues na inserção de artefato explosivo em caminhão-tanque localizado nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília (DF), no dia 24/12/2022”, afirmou Moraes.
Na decisão, o ministro acrescentou que “os elementos colhidos pela investigação apontam que Alan Diego, ao ser conduzido em um veículo no banco do carona, depositou o artefato explosivo no eixo esquerdo do caminhão-tanque e, na sequência, fez duas ligações por orelhão, o que revela evidente risco à ordem pública representado pela sua liberdade”.
Alan Diego havia conseguido progressão para o regime aberto em 2024, sendo transferido para a comarca de Comodoro, no Mato Grosso, mas voltou a ser alvo de prisão preventiva em 2025, após pedido da Procuradoria-Geral da República, devido ao descumprimento das restrições judiciais.
Agora, ele permanece detido enquanto o processo avança, em uma decisão que, segundo Moraes, visa compatibilizar o direito à liberdade com a preservação da ordem pública.