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STF suspende julgamento sobre abordagem policial motivada por cor da pele após pedido de Fux

O caso em análise é de um homem negro em Bauru (SP) que foi abordado por policiais na rua

Por Da Redação
Ás

STF suspende julgamento sobre abordagem policial motivada por cor da pele após pedido de Fux

Foto: Felipe Sampaio/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu na tarde desta quarta-feira (8) o julgamento sobre abordagem policial motivada pela cor da pele. A ação foi tomada após pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.

O caso em análise é de um homem negro em Bauru (SP) que foi abordado por policiais na rua. O homem carregava 1,53g de cocaína e foi preso. Ao longo do processo judicial, os policiais disseram que resolveram abordá-lo por causa da cor da pele.

Os advogados de defesa recorreram às instâncias superiores alegando que houve perfilamento racial. Ou seja, o homem só foi alvo da polícia por ser negro. Isso, na visa da defesa, deveria cancelar todo o processo, inclusive a prisão.

Fux pediu vista argumentando que a análise do caso deve continuar com o plenário completo. Nesta quarta, nem todos os ministros estavam presentes.

"Entendo que deveríamos julgar com o quorum completo. Não estamos com o quorum completo. Vou reanalisar as matérias dos ministros Fachin e Moraes. Pedir vista e trazer [para votação] tão logo a sessão possa se realizar com o quorum completo. Vista até quarta-feira", afirmou o ministro.

O relator do caso, ministro Edson Fachin, foi o único a considerar, até o momento, que houve perfilamento racial no caso da abordagem de Bauru. Fachin ainda votou para cancelar todo o processo e também a prisão.

Quatro ministros entenderam que, nesse caso específico, não houve perfilamento racial. Foram os ministros: André Mendonça; Alexandre de Moraes; Dias Toffoli e Nunes Marques. Os ministros disseram que há, sim, perfilamento racial em abordagens e que esse é um problema social a ser solucionado. Mas não viram elementos disso na abordagem de Bauru.

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