Surto de gripe aviária faz com que ovo se torne alimento premium no exterior
Segundo ABPA, não há risco de falta a proteína no Brasil
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O surto de gripe aviária fez com que o ovo, conhecido por ser uma proteína barata, passasse a ser um alimento premium em diversos países, coo Japão, Estados Unidos e Nova Zelândia. Porém, no Brasil, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, garantiu que não há casos de gripe aviária no país e nem o risco de faltar o alimento.
"Não há risco de faltar ovo no Brasil. Embora a produção tenha apresentado pequena queda ano passado, e vá cair este ano, não temos casos de gripe aviária. E o Brasil exporta apenas 0,5% de sua produção", disse em entrevista ao jornal O Globo.
No exterior, a crise global com a escassez de ovos fez com que os neozelandeses comprassem a própria galinha para garantir o suprimento. As vendas de animais e de ração subiram até 190% em alguns sites no país.
Uma reportagem do New York Times informou que a cidade agora conta com um novo tipo de contrabando na fronteira do México com os Estados Unidos: o de ovos. A Alfândega e a Proteção de Fronteira já apreenderam mais de mil ovos entre 1º de novembro de 2022 e 17 de janeiro de 2023.
O preço médio de uma dúzia de ovos grandes nos EUA subiu de US$ 1,92 (R$ 9,75) para US$ 4,25 (R$ 21,58) entre janeiro e dezembro do ano passado. No México, o produto sai por, no máximo, US$ 2,71 (R$ 13,76). Mais de 50 milhões de galinhas poedeiras morreram por causa da gripe aviária nos EUA.
No Japão, o preço dos ovos mais do que dobrou em alguns lugares em razão do surto, mas, na média, a alta foi de 80%. O país abateu dez milhões de aves até a semana passada, segundo o site da emissora NHK.
Santin acredita que o Brasil deve manter o status de estar livre da Influenza Aviária, mas pontua que o país será uma alternativa dos países afetados pela doença. A ABPA já projeta alta das exportações com preços mais atraentes no mercado internacional.