SUS deve começar a substituir método de detecção do HPV no mês de maio
Novo exame molecular RT-PCR é capaz de identificar a presença do vírus antes do surgimento de lesões, tornado o tratamento mais efetivo

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O Sistema Único de Saúde (SUS) começara a substituir o exame Papanicolau pelo teste molecular RT-PCT, para detectação do DNA do HPV, principal causador do câncer de colo do útero. A alteração deve começar no mês de maio deste ano.
O primeiro estado a contar com a mudança deve ser Pernambuco, com previsão de alcançar 435 mil mulheres em um ano, e pode se expandir para outros estados como Minas Gerais.
Esse novo método tem 97% de sensibilidade, permite maior intervalo entre coletas, de três para cinco anos, e poderá ser adotado em toda a Atenção Primária à Saúde até 2026.
O kit utilizado, desenvolvido no Brasil pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), já foi aprovado pela Anvisa e é capaz de identificar 14 subtipos de HPV de alto risco.
O RT-PCR é capaz de identificar a presença do vírus antes do surgimento de lesões, aumentando a chance de diagnóstico precoce, diferentemente do Papanicolau, que só detecta células já alteradas.
Estudos ainda indicam que o novo método pode identificar o HPV cancerígeno até dez anos antes do desenvolvimento da doença, tornando o tratamento mais simples e menos caro.