Suspeita de envenenar família com ovo de Páscoa no MA viajou mais de 380 km, falsificou identidade e fez degustação de trufas perto do trabalho de vítima
Jordélia Pereira Barbosa se passou por uma profissional gastronômica identificada como Gabrielle Barcelli

Foto: Divulgação/Redes Sociais | Reprodução/SBT News
Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, presa por suspeita de envenenar um ovo de Páscoa e enviar a uma família no Maranhão, viajou 384 km entre duas cidades e fez falsa degustação de trufas de chocolate horas antes do crime, segundo investigações da Polícia Civil (PC).
A mulher saiu do município de Santa Inês, no Vale Pindaré, por volta de 0h30 da madrugada de quarta-feira (16), e chegou em Imperatriz, cidade no sudoeste do estado, na manhã do mesmo dia, onde se hospedou utilizando um crachá falso. A viagem foi feita em um ônibus interestadual que liga os dois municípios.
A PC detalhou que após pedir para um motoboy entregar o ovo de Páscoa para a vítima, ainda na noite de quarta-feira, Jordélia voltou para Santa Inês por volta de 2h30 de quinta-feira (17).
Três pessoas da mesma família tiveram complicações ao comer o ovo de Páscoa. Um menino de 7 anos morreu, na quinta-feira (17), e a mãe e irmã dele estão internadas em estado grave. A polícia ainda realiza perícias para saber se havia veneno no chocolate e determinar a causa da morte do garoto.
A suspeita foi presa preventivamente na sexta-feira (18) e deve ser transferida para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
Jordélia se apresentou com nome falso em hotel
Jordélia Pereira se apresentou como uma mulher trans e fez a reserva em um hotel de Imperatriz utilizando o nome falso de Gabrielle Barcelli. A mulher ainda apresentou crachás falos e um deles era de uma suposta empresa de gastronomia na qual ela supostamente trabalhava.
Quando solicitada a apresentação do documento de identificação, a mulher alegou que estava passando por um processo de regularização dos documentos como mulher trans, e dessa forma, passou pela fiscalização da administração do hotel.
Jordélia Pereira apresentou identidade falsa e se passou como uma profissional de gastronomia identificada como Gabrielle Barcelli | Foto: Divulgação/Polícia Civil
Falsa degustação
Durante a estadia em Imperatriz, a suspeita chegou a fazer um serviço falso de degustação de trufas de chocolate em uma área próxima onde trabalhava Mirian Lima, uma das vítimas do doce envenenado.
A PC contou que a mulher apresentou alguns bilhetes supostamente falsos que seriam de pessoas que haviam comido os chocolates.
Mulher forjou supostos bilhetes que seriam de pessoas que haviam comprado as trufas feitas por ela | Foto: Divulgação/Polícia Civil
LEIA TAMBÉM:
Menino morre após comer ovo de Páscoa no Maranhão
Mulher é presa no Maranhão sob suspeita de envenenar mãe e filhos com ovo de Páscoa
Polícia diz que ciúme e vingança motivaram mulher a envenenar ovo de Páscoa que matou criança no Maranhão