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Salvador

Suspensão do atendimento do Planserv no Hospital da Bahia foi exigência da Rede D'Or para comprar unidade, diz coluna

As duas empresas negociam a compra há pelo menos três meses

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Suspensão do atendimento do Planserv no Hospital da Bahia foi exigência da Rede D'Or para comprar unidade, diz coluna

Foto: Reprodução

A suspensão do atendimento de emergência aos segurados do Planserv foi uma exigência da Rede D'Or para comprar o Hospital da Bahia, adquirido pela Dasa por R$ 850 milhões. As duas unidades negociam a compra há pelo menos três meses, no entanto, sob a condição da Dasa fechar as portas da emergência do hospital para os usuários do plano de saúde dos servidores estaduais. As informações são do Metropolítica, coluna do Metro1. 

Segundo uma fonte ouvida pela reportagem, a exigência foi feita com o objetivo de evitar desgastes, já que o grupo sofreu após comprar os hospitais São Rafael e Aeroporto e interrompeu o contrato com o Planserv nas unidades. "Por isso, a Rede D'Or disse que só aceitaria comprar o Hospital da Bahia se a Dasa assumisse sozinha o ônus por encerrar as operações com o plano. O próprio governo já tinha sido informado de que havia essa exigência e se preparou para minimizar os danos, ampliando a cota do Português, renegociando valores com o Santa Izabel e ativando o Hospital de Brotas, o antigo Evangélico, que agora é exclusivo para beneficiários do Planserv", revelou.

A Dasa teria interesse em se livrar do Hospital da Bahia porque a aquisição é considerada um grande fiasco no processo de expansão do grupo paulista, que não conseguiu reverter a operação deficitária do empreendimento inaugurado em 2006 pela Rede Alfa e acumula dívidas que, até setembro deste ano, beiravam os R$ 10 bilhões. 

A empresa também pretende vender a clínica AMO, especializada em tratamento de câncer e de doenças do sangue. A unidade, que vou adquirida por R$ 750 milhões em 2021, estaria operando no vermelho. Contudo, não há informações se a clínica oncológica faz parte do pacote oferecido à Rede D'Or.

Para que a venda do Hospital da Bahia seja concretizada precisará do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão federal responsável por combater práticas que afetam a livre concorrência. A princípio, a Rede D'Or não poderia adquirir novos leitos hospitalares em Salvador por causa das regras de concentração de mercado previstas na lei que regulamenta processos de fusões, aquisições de controle e incorporações entre grandes empresas. Uma saída, de acordo com as fontes consultadas pela coluna, seria reduzir a quantidade de leitos do Hospital da Bahia para tentar obter autorização prévia do Cade. Esta seria a origem da decisão da Dasa de encerrar as atividades na torre erguida ao lado do Hospital.

Mas, caso a compra seja efetivada, a Rede D'Or passaria a dominar o mercado privado de saúde de alta complexidade em Salvador e Região Metropolitana, onde já possui os hospitais Aliança, Cardiopulmonar São Rafael e Aeroporto, que está localizado em Lauro de Freitas. Na capital, os únicos hospitais que não pertenceriam ao grupo carioca são: Mater Dei, Português, Santa Izabel, Prohope, Jorge Valente, Teresa de Lisieux e o de Brotas, embora estes dois último sejam exclusivos para usuários do Hapvida e Planserv, respectivamente.

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