Talibã recusa solicitação da ONU para reverter restrições às mulheres
O Ministério dos Negócios Estrangeiros afegão considera as preocupações do Conselho de Segurança “infundadas” e “irrealistas”
Foto: Reprodução/Twitter
Os talibãs recusaram nesta sexta-feira (27) uma solicitação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre a reversão de restrições impostas às mulheres afegãs, considerando “infundadas” as preocupações manifestadas pela comunidade internacional.
Na última terça-feira (24), o órgão pediu que os talibãs, no poder no Afeganistão desde agosto de 2021, “revertam de imediato as políticas e práticas que atualmente restringem os direitos humanos e as liberdades fundamentais das mulheres e das meninas afegãs”, em declaração adotada por unanimidade.
O texto foi elaborado por 15 membros da ONU, no qual cita “a imposição de restrições que limitam o acesso à educação, ao emprego, à liberdade de movimento e à participação plena, igualitária e significativa das mulheres na vida pública”.
Ainda conforme o documento, existe um apelo, sobretudo, para que as escolas sejam reabertas para todas as meninas, apontando “profunda preocupação” com a obrigação imposta às mulheres de cobrirem o rosto em espaços públicos e ao serem gravadas pelas televisões.
Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros afegão, as preocupações do Conselho de Segurança são “infundadas” e “irrealistas”, Além disso, reafirma seu “compromisso” de garantir os direitos das mulheres no país.
