Taxa de desmatamento aumenta no Cerrado e cai na Amazônia, diz Inpe

O desmatamento no Cerrado aumentou em 21% no primeiro semestre deste ano quando comparado ao mesmo período de 2022. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (6), são do Deter, sistema de detecção de desmatamento em tempo real por meio de satélite, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Já a área sob alerta de desmatamento na Amazônia sofreu uma queda de 33,6% nos seis primeiros meses de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em comparação com junho de 2022, a região apresentou uma redução na área sob alerta de desmatamento em 41% em junho deste ano. 

“Nós atingimos o primeiro objetivo fundamental que foi reverter a tendência de alta e hoje nós temos claramente uma tendência de queda, que vai mostrar sua força para reduzir a taxa no mês de julho”, explicou o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Capobianco. 

A queda dos índices de desmatamento na Amazônia se deve, segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a um conjunto de ações de comando e controle, como o aumento da fiscalização e ações coordenadas com os estados. 

Já no Cerrado, quando comparado com o mesmo mês no ano passado, a área desmatada sofreu uma queda de 14,6% em junho de 2023. Entretanto, os dados somados do primeiro semestre — 2.208 km² de área desmatada — mostram um aumento de 21% em comparação à média dos últimos anos.