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Taxa de mortalidade na Terra Yanomami ficou 3 pontos acima do índice nacional no 1ª ano da pandemia

Relatório do Ministério da Saúde indica que território registrou 10,7 mortes para cada mil habitantes

Por Da Redação
Ás

Taxa de mortalidade na Terra Yanomami ficou 3 pontos acima do índice nacional no 1ª ano da pandemia

Foto: Mário Vilela/Funai

Diante dos registros de mortes causadas por severos casos de desnutrição e malária, a taxa de mortalidade na terra Indígena Yanomami ficou em 10,7 mortes para cada mil habitantes em 2020, de acordo com o relatório do Ministério da Saúde, divulgado na última terça-feira (7). O resultado é mais de três pontos acima da taxa nacional (7,4 por cada mil habitantes) se comparado ao primeiro ano da pandemia. 

O relatório "Missão Yanomami" detalha a visita das equipes do Ministério da Saúde em Boa Vista e na Terra Indígena entre os dias 15 e 25 de janeiro deste ano.

Em 2020, a taxa de mortalidade do Brasil passou a ser afetada pela pandemia da Covid-19, em março daquele ano. No entanto, o que ajudou a elevar os registros na Terra Yanomami foi o garimpo ilegal. 

No ranking de mortalidade, 2020 ocupa o primeiro lugar com o maior número de mortes, 332 . Nesse período, foram 211 crianças e adolescentes mortos, e 121 óbitos de adultos e idosos.

Em relação ao ano de 2019, foram registrados 259 óbitos de indígenas Yanomami, o segundo maior registro. Seguido de 2021, com 249 mortes e 2018, com 236. No ano passado, a região confirmou 209 mortes.

A Terra Yanomami enfrenta uma das piores crises sanitárias em três décadas de demarcação e está sob emergência em saúde. Por ter ficado sem socorro médico nos últimos quatro anos, muitos morreram ou tiveram agravamento dos quadros de doenças. 

Veja as mortes por faixa etária nos quatro anos (2018 a 2022):

Menor de um ano - 505 óbitos
1 a 4 anos - 178 óbitos
5 a 9 anos - 57 óbitos
10 a 14 anos - 33 óbitos
15 a 19 anos - 72 óbitos
20 a 39 anos - 142 óbitos
40 a 59 anos - 97 óbitos
60 a 79 anos - 150 óbitos
80 anos ou mais - 51 óbitos

Para atender os indígenas doentes, um hospital de Camapanha já foi instalado em Boa Vista. A unidade, administrada pela Aeronáutica, fica nas dependências da Casai.

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