Taxa de reinfecção pelo novo coronavírus em Manaus pode ter chegado a 31%
Foram feiras amostras de 3.655 indivíduos que haviam doado sangue repetidas vezes ao longo de 2020 e início de 2021
Foto: Reprodução
Cerca de 31% dos indivíduos que contraíram a covid-19 em Manaus, na Amazônia, após janeiro de 2021, quando a cidade foi atingida pela segunda onda da doença, correspondem a casos de reinfecção pela nova variante P.1. O resultado foi de uma análise feita por cientistas do Centro Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE).
Foram feiras amostras de 3.655 indivíduos que haviam doado sangue repetidas vezes ao longo de 2020 e início de 2021. As amostras detectaram anticorpos do tipo imunoglobulina G (IgG), que costumam aparecer cerca de duas semanas após o início dos sintomas, ainda na fase aguda da infecção, e depois caem com o tempo.
Com base nessa análise, os doadores foram classificados em quatro grupos. No primeiro, os resultados das três amostras deram negativo para a presença do vírus. No segundo, as amostras doadas em 2020 testaram positivo e as de janeiro de 2021 testaram negativo ou apresentaram queda no nível de anticorpos. No terceiro grupo estão as amostras dos indivíduos infectados apenas pela nova variante P.1, ou seja, que foram negativos em 2020, mas positivos em 2021. No quarto grupo estão os casos em que o nível de anticorpo faz um "V": é alto na primeira amostra, mais baixo na segunda e volta a subir na terceira.
A taxa de reinfecção calculada variou entre 16% e 31%