TCU suspende compra da Saúde sob alegação de gasto desnecessário de R$ 160 milhões
Aquisição seria de 575.385 ampolas de imunoglobulina

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O Tribunal de Contas da União suspendeu, nesta segunda-feira (04), uma compra do Ministério da Saúde sob alegação de um gasto desnecessário de R$ 160 milhões a mais pelo produto. A aquisição seriam 575.385 ampolas de imunoglobulina.
A decisão foi do ministro Bruno Dantas, relator do caso. As ampolas são usadas no tratamento de doenças autoimunes e inflamatórias, além de serem utilizadas para auxiliar pacientes que tiveram Covid-19.
A medida cautelar aconteceu após uma representação da empresa Virchow Biotech, que disputou a licitação e afirma ter oferecido um preço inferior ao fixado pelas companhias SK Plasma e a Nanjing Pharmacare, escolhidas pelo Ministério da Saúde. O caso deve ser analisado pelo plenário da Corte ainda nesta semana.
A pasta alega haver “precariedade dos estoques” e “atrasos nas entregas às secretarias estaduais de saúde" e que restrições da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) impediram a compra na empresa que ofertou o menor valor.
O preço ofertado pelas empresas escolhidas foi 36% maior que as demais. No entanto, a área técnica do TCU não havia recomendado a suspensão por medo do desabastecimento do produto.