Teich diz que lockdown será necessário em algumas regiões
Os estados do Pará e Maranhão já adotaram a medida
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Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (6) no Palácio do Planalto, em Brasília, o ministro da Saúde Nelson Teich manteve o discurso de que cada local terá que adotar as próprias estratégias na contenção da pandemia da Covid-19, mas que o lockdown (restrição severa de isolamento social) será necessário em algumas regiões. "Vai ter lugar em que lockdown é necessário, vai ter lugar em que vou pensar em flexibilização. O que eu preciso é que a gente pare de tratar disso de uma forma radical, até pra que a gente tenha tranquilidade de poder implementar as medidas em cada lugar do país", falou. Os estados do Pará e Maranhão já adotaram a medida.
De acordo com Teich, a decisão tem que considerar o mapeamento de indicadores que considerem a quantidade de infecções, a curva de crescimento das contaminações, a infraestrutura da cidade e o nível de ocupação de leitos de hospitais. "Se você tiver uma situação onde você tem uma alta incidência da doença, uma infraestrutura baixa, você vê a doença crescendo, você vai buscar um distanciamento cada vez maior, isso é o extremo da gravidade da situação", explicou.
O ministro ainda ponderou como os serviços essenciais serão garantidos nesses locais, que precisarão de uma estratégia laboratorial para disgnóstico precoce, com testagem constante, seja com a medição da temperatura ou de oxigenação.
Sobre a criação de uma fila única para leitos hospitalares, o ministro falou que em uma situação extrema, pode ser preciso "incorporar" com "cooperação" as estruturas de hospitais particulares caso o SUS atinja o limite da capacidade de atendimentos. O ministro informou que não haverá "tomada" de leitos e adiantou que algumas instituições têm cedido espontaneamente.