Templo perdido com 2200 anos foi descoberto por acaso no Egito
Trabalhadores cavavam para fazer esgoto

Foto: Divulgação
Trabalhadores que perfuravam a terra para construir um esgoto na aldeia de Kom Shakau - Município de Tama Egito - acabaram fazendo uma descoberta arqueológica da maior importância ao se depararem com o que se estima ser um templo que terá pertencido ao faraó Ptolomeu IV.
Segundo arqueólogos do Egito, através das primeiras escavações, foi descoberto um templo com cerca de 2200 anos, que teria pertencido ao faraó Ptolomeu IV, de quem não tinha, até então, nenhum grande registro. A divulgação foi feita através de um post no Facebook feito na página do Ministério de Antiguidades do Egito.
O trabalho de perfuração para criação do esgoto foi suspenso após a descoberta, uma vez que os arqueólogos encontraram inscrições nas pedras com fragmentos de texto com o nome de Ptolomeu IV, o quarto faraó da dinastia ptolomaica do Egito.
Até agora, a equipe descobriu duas paredes e o um pedaço de uma estrutura de calcário, gravada com esculturas de Hapi, o deus egípcio da inundação anual do rio Nilo.
Especialistas estão trabalhando para salvar o que resta do templo, que fica na margem oeste do Nilo, informa o Ministério.
Ptolomeu IV governou o Egito de cerca de 221 AC a 204 AC. Ele não fez um bom governo, pois era narcisista e estava mais interessado em concretizar empreendimentos artísticos pessoais do que fazer a realeza dar certo. Textos antigos indicam que o faraó teria construído a maior embarcação movida pela força humana já feita. Com o nome de “tessarakonteres” - Quarenta - a embarcação tinha 40 bancos de remos, operados por 4000 remadores.
A descoberta do templo antigo é a mais recente de uma série de descobertas arqueológicas em 2019. Com isso, o Egito espera aumentar o interesse no turismo que diminuiu consideravelmente após a revolução de 2011, ou "Dias de Fúria, onde uma série de manifestações de rua, protestos e atos de desobediência civil que ocorreram de 25 de janeiro até 11 de fevereiro deste ano.