Tenente-coronel condenado pela trama golpista se entrega à PF para cumprir prisão domiciliar
Guilherme Almeida Marques foi condenado a mais de 13 anos de prisão; medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes

Foto: Divulgação/Exército
O tenente-coronel do Exército Guilherme Almeida Marques se apresentou nesta segunda-feira (29) à Polícia Federal, em Goiânia (GO), para dar início ao cumprimento de prisão domiciliar. Ele foi condenado a 13 anos e 6 meses de prisão por participação na trama golpista investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A prisão domiciliar foi determinada no último sábado (27) pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal no STF. A decisão alcança dez condenados no processo e foi tomada após o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques ser preso no Paraguai, ao tentar embarcar para El Salvador depois de romper a tornozeleira eletrônica.
Segundo informações do processo, Guilherme Almeida Marques estava na Bahia no momento da decisão judicial e comunicou que retornaria à sua residência para cumprir a medida imposta pelo Supremo.
Assim como os demais condenados beneficiados com a prisão domiciliar, o tenente-coronel deverá usar tornozeleira eletrônica e cumprir uma série de restrições, entre elas a proibição de utilizar redes sociais, manter contato com outros investigados e receber visitas. Ele também está obrigado a entregar o passaporte às autoridades.
Ao justificar a imposição das medidas cautelares, o ministro Alexandre de Moraes citou, além do caso de Silvinei Vasques, a fuga do ex-deputado e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem para os Estados Unidos.


