Tentativa de golpe: STF decidirá até o fim de maio o futuro de mais 25 denunciados ela PGR
Primeira Turma já tem sessões marcadas para avaliar outros três núcleos; veja

Foto: Antonio Augusto/STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados por tentativa de golpe de Estado, na quarta-feira (26), e decidirá até o fim de maio o futuro de outros 25 acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O procurador-geral Paulo Gonet dividiu os denunciados em quatro núcleos como forma de otimizar o andamento do processo.
Com a decisão unânime da Primeira Turma do STF, além de Bolsonaro, também se tornaram réus os ex-ministros Walter Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o tenente-coronel Mauro Cid.
Os próximos julgamentos começam em 29 e 30 de abril, quando os ministros analisarão as acusações contra o segundo núcleo, formado por seis pessoas que, segundo a PGR, "gerenciaram as ações" do grupo. Entre os denunciados estão o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, o general da reserva Mário Fernandes e o ex-assessor Filipe Martins.
Nos dias 6 e 7 de maio, será a vez do quarto núcleo, composto por sete denunciados acusados de coordenar "operações estratégicas de desinformação". Entre eles estão o tenente-coronel Giancarlo Rodrigues, o policial federal Marcelo Bormevet, ambos ligados à Abin, além do major reformado Ailton Barros e Carlos Rocha, do Instituto Voto Legal (IVL), contratado pelo PL para analisar as urnas eletrônicas.
Já a denúncia contra o terceiro núcleo, formado por integrantes das forças de segurança, será analisada em 20 e 21 de maio. Esse grupo, que inclui 12 pessoas (11 militares da ativa e da reserva e um policial federal), teria promovido ações táticas para viabilizar o golpe. Entre os denunciados está o general da reserva Estevam Theophilo.
Os julgamentos serão conduzidos pelos ministros: Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Em cada caso, o colegiado decidirá se aceita ou rejeita as denúncias da PGR.