Terceira dose da vacina contra a Covid-19 não deve ser para todos, diz cientista

Criadora da vacina de Oxford diz que imunidade gerada por duas doses é segura

Por Da Redação
Ás

Terceira dose da vacina contra a Covid-19 não deve ser para todos, diz cientista

Foto: Reprodução/BBC

A cientista Sarah Gilbert, responsável por liderar a criação do imunizante de Oxford contra o novo coronavírus, disse ao jornal britânico Daily Telegraph que vacinar todas as pessoas com doses de reforço é desnecessário.

Na ocasião, ela afirmou que a dose adicional é mais urgente em alguns grupos vulneráveis e que, no geral, a imunidade está "durando bastante". Sarah Gilbert também fez um apelo para que as doses sejam enviadas para países necessitados.

"Precisamos levar vacinas para países onde poucas pessoas foram vacinadas até agora", disse ela. O órgão consultivo de vacinas do Reino Unido deve dar nos próximos dias um parecer final sobre as doses de reforço no país.

O Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI, na sigla em inglês) já disse que uma terceira dose deverá ser oferecida a pessoas com sistema imunológico enfraquecido, o que corresponde a até meio milhão de pessoas no Reino Unido. Mas o comitê ainda não decidiu se a terceira dose será ampliada para outros grupos. O regulador de medicamentos do Reino Unido (MHRA, na sigla em inglês) aprovou o uso da Pfizer e da AstraZeneca como vacinas de reforço contra Covid-19, abrindo caminho para uma implementação antes do inverno.

A cientista Sarah Gilbert, que começou a desenvolver a vacina Oxford-AstraZeneca no início de 2020, disse que a decisão sobre doses de reforço precisa ser analisada com cuidado."Vamos examinar cada situação; os imunocomprometidos e os idosos receberão reforços. Mas não acho que precisamos dar reforço para todo mundo. A imunidade está durando bastante na maioria das pessoas", disse na entrevista.

Mais de 48,3 milhões de pessoas no Reino Unido (88,8% da população com mais de 16 anos) receberam a primeira dose da vacina e 43,7 milhões receberam as duas doses.  O país encomendou mais de 540 milhões de doses de sete das vacinas mais promissoras, incluindo as quatro até agora aprovadas para uso ( Pfizer, Oxford-AstraZeneca, Moderna e Janssen).


 

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