Terceira dose protege melhor contra Ômicron, relevam estudos do CDC

Estudos realizados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, divulgados nesta sexta-feira (21), reforçam a importância da dose de reforço da vacina para fornecer a melhor proteção contra a Ômicron. 

Estes são os primeiros levantamentos que trabalham com intensificadores de efeito contra a variante Ômicron da Covid-19, que agora responde por mais de 99% dos casos de coronavírus no país.

Nos estudos, foram levantadas questões para saber se as pessoas com apenas duas doses de vacina ainda devem ser consideradas totalmente vacinadas. “Acho que temos que redefinir ‘totalmente vacinado’ aqueles com três doses”, disse William Schaffner, consultor de vacinas de longa data do CDC que não esteve envolvido nos estudos.

Os levantamentos possui grande abrangência, com milhões de casos, milhares de atendimentos em departamentos de emergência e centros de atendimento de urgência e dezenas de milhares de internações entre adultos.

Com o reforço, foi verificado 90% de eficácia na prevenção de internações durante um período entre dezembro e janeiro, momento em que a Ômicron era a variante dominante, de acordo com um estudo do CDC que analisou cerca de 88 mil hospitalizações em dez estados. Em comparação, com duas doses foi observado 57% de eficácia no período após pelo menos seis meses da segunda injeção.

O estudo que verificou mais de 200 mil visitas em dez estados, mostrou que a vacina extra foi 82% eficaz na prevenção de visitas a salas de emergência e centros de atendimento de urgência. Em comparação, receber duas doses foi apenas 38% eficaz na prevenção dessas visitas quando já haviam passado pelo menos seis meses da segunda aplicação.

“Acho que é a terceira dose que realmente dá a você a proteção mais sólida”, disse Schaffner.