Testemunha reforça acusação em processo de impeachment contra Donald Trump
Trump é acusado de tramar contra o candidato democrata nas últimas eleições
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O principal diplomata dos Estados Unidos da América (EUA) na Ucrânia, William Taylor, nesta quarta-feira (13), acrescentou novos elementos que aumentam as suspeitas contra o presidente Donald Trump. Ato aconteceu durante o primeiro dia de audiências públicas no Congresso na capital Washington. O processo foi instaurado para determinar se Trump deve ser removido ou não do cargo.
Taylor, encarregado de negócios interino da Embaixada dos EUA em Kiev, jurou que soube recentemente que o embaixador dos EUA na União Europeia, Gordon Sondland, fez essa declaração logo após falar ao telefone com o presidente Trump. "O embaixador Sondland respondeu que o presidente Trump estava mais interessado na investigação de Biden", disse.
No dia anterior, o Republicano havia pedido a seu colega ucraniano, Volodymyr Zelensky, para investigar o caso de Joe Biden, bem posicionado para enfrentá-lo nas eleições presidenciais de 2020.
A revelação dessa troca, em meados de setembro, fizeram com que os democratas abrissem uma investigação em conexão com o procedimento explosivo de demissão. Os democratas suspeitam que Donald Trump tenha abusado de seu poder para obter ganhos pessoais, condicionando a ajuda militar à Ucrânia e uma visita à Casa Branca de Zelensky para abrir uma investigação sobre Joe Biden.
Na audiência, no entanto, dois diplomatas retrataram uma situação preocupante. William Taylor descreveu os esforços do advogado pessoal do presidente Rudy Giuliani para estabelecer um canal diplomático irregular com a Ucrânia. Segundo o diplomata, esse canal operava à margem das redes diplomáticas oficiais e contra os objetivos de longo prazo da política americana”.