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Thaila Ayala revela relação difícil com o Natal e neurocientista explica como memórias da infância moldam emoções nessa época do ano!

Especialista aponta que sentimentos negativos associados às festas podem ter origem em memórias implícitas formadas na infância

Por Michel Telles
Às

Thaila Ayala revela relação difícil com o Natal e neurocientista explica como memórias da infância moldam emoções nessa época do ano!

Foto: Redes Sociais

Thaila Ayala surpreendeu o público ao contar que, por muitos anos, não gostava do Natal. A atriz contou que a data sempre esteve associada, desde a infância, à ausência de afeto, frustrações e conflitos familiares, o que a fez crescer com a sensação de que nunca era suficiente e com lembranças marcadas por brigas nas reuniões de fim de ano, sentimentos que só começaram a mudar após transformações pessoais e familiares, especialmente com a maternidade. “Tudo mudou”, afirmou ao explicar como ressignificou a data ao longo do tempo.

Segundo a neurocientista e especialista em desenvolvimento infantil, Telma Abrahão, o relato de Thaila é mais comum do que parece e encontra explicação na forma como o cérebro registra experiências ainda na infância. “Antes mesmo de termos linguagem ou memória consciente, o cérebro já armazena informações emocionais sobre o ambiente em que vivemos. Essas chamadas memórias implícitas não se manifestam como lembranças, mas como sensações corporais e emocionais”, explica.

De acordo com a especialista, o fim de ano costuma ativar exatamente esse tipo de registro emocional. “O Natal envolve rituais, reuniões familiares, expectativas e convivência intensa. Para quem cresceu em ambientes marcados por tensão, ausência de segurança emocional ou conflitos, o cérebro associa esses contextos a estados de alerta, ansiedade ou tristeza, mesmo que a pessoa não saiba explicar racionalmente o motivo”, afirma Telma.

Essas reações podem surgir de forma automática: cansaço antecipado, irritação sem causa aparente, sensação de peso emocional ou desconforto diante de encontros familiares. “Esses sentimentos não surgem do nada. Eles são ecos de experiências antigas que o corpo aprendeu a reconhecer como ameaçadoras ou desgastantes”, destaca a neurocientista.

A boa notícia, segundo Telma, é que esse padrão não é definitivo. “Esse é o poder do nosso cérebro e da neuroplasticidade. As mesmas estruturas que um dia registraram tensão podem aprender novas experiências emocionais. Ao compreender de onde vêm essas sensações, é possível ressignificar datas, criar novos rituais e construir memórias mais alinhadas com quem a pessoa é hoje”, conclui.

Ao relatar que passou a enxergar o Natal de outra forma a partir da família que construiu, Thaila Ayala ilustra como é possível quebrar ciclos emocionais e criar novos significados para datas marcadas por experiências difíceis. O exemplo reforça que, com consciência, afeto e novas vivências, o cérebro pode ressignificar antigas memórias e transformar o fim de ano em um período mais alinhado com as escolhas, valores e vínculos da vida adulta.

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