The Baggios lança clipe de “Deixa Raiar” nas plataformas digitais
Quinto disco da banda, Tupã-Rá, será lançado em outubro
Foto: Divulgação
O quinto disco da banda The Baggios, Tupã-Rá, será lançado em outubro. Visando deixar os fãs mais apreensivos, no entanto, a banda vem lançando alguns singles antes do álbum chegar às plataformas. O clipe do single mais recente, “Deixa Raiar”, já pode ser acessado no YouTube.
A banda de São Cristóvão (SE) é composta por: Julio Andrade (voz, guitarra), Rafael Ramos (baixo, teclados) e Gabriel Perninha (bateria). Segundo o trio, a música traz resgata o clima de afrobeat. Julio Andrade, ansioso pelo lançamento do novo trabalho, afirma que o álbum é mais “pra frente, mais dançante, mais extrovertido e menos introspectivo, como foi o Vulcão”.
Tupã-Rá é o terceiro movimento de uma trilogia que abriu no peso de Brutown (2016) e passou pela introspecção do anterior. O “personagem” do disco novo, após a reflexão de Vulcão, é um ser mais evoluído, mais preparado para o mundo. “O disco é mais solar, o elemento luz, sol, já está representado no próprio título disco, Tupã-Rá. Rá é o deus do sol, na cultura egípcia. Tupã é o deus do trovão, o deus maior para algumas tribos. Isso traz uma onda, o trovão traz um impacto muito forte que assusta, o sol traz a sensação de plenitude, de um dia mais tranquilo, alegre, feliz. Dizem que depois de uma tempestade vem um dia de sol, e o título tem a ver com essa dualidade, do ser humano ser dual, viver em conflito consigo mesmo”, conta Julio.
Além disso, ele afirma que o álbum trará mais elementos do sertão e da música africana. “Tem duas ou três músicas na linha do afrobeat, umas outras com mais elementos de percussão. E coisa de baião misturado com rock e blues”, completa.
“Acho que é uma vertente natural para mim porque as músicas que eu vou compondo já vêm com algumas imagens, alguma sensibilidade imagética”, conta o músico, que procurou explorar imagens que representem esperança e pureza, incluindo a figura de um enorme coração (a ideia é representar a sensibilidade nesse momento peculiar do mundo). O clima do vídeo, assim como o da faixa, é bem afrobeat.
Recentemente Julio lançou seu primeiro disco solo, o Ikê Maré. Para o lançamento, adotou o apelido Julico como nome artístico. “Me trouxe muito conhecimento técnico, gravei tudo em casa, com equipamento limitado. Experimentei muita coisa, tirei o som que eu queria de guitarra, baixo, voz. Fiquei mais seguro de poder assumir a produção do disco, uma nova forma de construir as músicas. Venho construindo músicas nos últimos três anos em cima de beats, de grooves, de afoxé, afrobeat, de coisas mais populares. Às vezes vira outra coisa. São infinitas as possibilidades”, conta ele, dizendo que tem outras dezenas de músicas na fila e que já está pensando num segundo disco solo.
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