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Títulos verdes destinam maior parte dos recursos a projetos ambientais

Objetivo do governo é levantar até R$ 10 bilhões no mercado externo

Por Da Redação
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Títulos verdes destinam maior parte dos recursos a projetos ambientais

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A primeira emissão de títulos soberanos sustentáveis do Brasil no mercado internacional destinará de 50% a 60% dos recursos levantados a projetos ambientais, enquanto os projetos sociais receberão os 40% a 50% restantes. As informações foram confirmadas, nesta quinta-feira (12), pelo Tesouro Nacional.

O Tesouro Nacional divulgou também a distribuição dos recursos a serem levantados no mercado externo. Embora não tenha apresentado estimativas oficiais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o governo brasileiro pretende arrecadar US$ 2 bilhões, aproximadamente R$ 10 bilhões, por meio da emissão de títulos verdes durante sua viagem a Nova York.

De acordo com o relatório apresentado, os recursos obtidos por meio dos títulos soberanos sustentáveis do Brasil serão direcionados para oito segmentos, sendo seis relacionados à área ambiental e dois à área social. O órgão estabeleceu estimativas de distribuição para cada um desses segmentos, com limites mínimos e máximos de alocação de recursos.

Nos projetos ambientais, a distribuição ficará da seguinte forma:

•     Transporte limpo: 20% a 25%;

•     Energia renovável: 15% a 20%;

•     Biodiversidade terrestre e aquática: 11% a 18%;

•     Gestão sustentável de recursos vivos e naturais e uso da terra: 3% a 6%;

•     Adaptação às mudanças climáticas: 0,5% a 0,8%;

•     Controle de emissões de gases de efeito estufa: 0,1% a 0,2%;

•     Total: 50% a 60%.

Intervalos

Nos projetos sociais, os sublimites obedecerão aos seguintes intervalos:

•     Combate à pobreza: 30% a 40%;

•     Segurança alimentar e sistemas alimentares sustentáveis: 10% a 17%;

•     Total: 40% a 50%.

“A carteira proposta [na primeira emissão de títulos verdes] é preponderante em categoria ambiental, destacando-se esforços que serão decisivos para seguir revertendo o curso do desmatamento e permanecerão críticos para a preservação dos biomas nativos brasileiros”, justificou o Tesouro Nacional no relatório.

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