Toffoli nega pedido de Eduardo Cunha para suspender processos da Lava Jato
Ministro não viu conexão entre o caso do ex-deputado e as decisões que reconheceram "conluio" entre Moro e procuradores
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli negou na última quarta-feira (6) um pedido de defesa de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, para anular as condenações referentes a dois processos da Operação Lava Jato.
A defesa pediu que o ministro estendesse à Cunha a decisão que considerou Sérgio Moro, ex-juiz e senador, suspeito para atuar nos casos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontando que há indícios de um "conluio" entre Moro e os procuradores que atuaram na Lava Jato, declarando a nulidade de todos os atos processuais.
No entanto, Toffoli disse que o pedido do ex-deputado não tem relação direta com os casos citados.
"Dessa maneira, trata-se de questões estranhas ao julgado cuja extensão de efeitos se busca, não havendo a aderência necessária ao deferimento do pedido", afirmou. "Por tais razões, tenho que não se revela viável a pretensão deduzida nesta sede, sem prejuízo do exame da matéria pelas instâncias ordinárias", completou o magistrado.
Toffoli ainda concluiu que "não se revela viável a pretensão deduzida nesta sede, sem prejuízo do exame da matéria pelas instâncias ordinárias".