Torcedor do Mallorca é condenado a um ano de prisão por racismo contra Vini Jr
Homem está proibido de entrar nos estádios em partidas do futebol espanhol
Foto: Rafael Ribeiro/CBF
Um torcedor do Mallorca, da Espanha, foi condenado a um ano de prisão pelo Juizado de Instrução Nº 3 de Palma por dois casos de racismo: um contra Vini Jr, em um jogo contra o Real Madrid, e outro contra Chukwueze, na partida diante do Villarreal. Ambos casos ocorreram em fevereiro de 2023, no Iberostar Estádio, durante a La Liga.
De acordo com a decisão, o homem também está proibido de entrar nos estádios em partidas do futebol espanhol durante três anos.
No caso que envolve o atacante brasileiro Vini Jr, imagens mostram o torcedor gritando durante a partida: "Vinicius, macaco! É um p*** macaco." O jogador prestou depoimento à Justiça Espanhola sobre o caso em abril deste ano.
Antes de ser condenado, o autor dos insultos racistas já havia sido punido com uma multa de 4 mil euros (cerca de R$ 22 mil) e uma suspensão de recintos esportivos por um período de 12 meses.
Em nota, o Real Madrid disse que continuará trabalhando para proteger os valores do clube e erradicar qualquer comportamento racista no mundo do futebol e do esporte.
Confira a nota na íntegra:
O Real Madrid C.F. informa que o Tribunal de Instrução n.º 3 de Palma de Maiorca emitiu hoje uma sentença condenatória em conformidade com a pessoa que, desde a sua localização nas bancadas do estádio Son Moix, dirigiu insultos racistas ao nosso jogador Vinicius Júnior no partida entre Mallorca e Real Madrid em 5 de fevereiro de 2023.
O arguido foi considerado culpado de dois crimes contra a integridade moral, agravados por ter agido com motivações racistas, cometidos contra Vinicius Júnior, e também contra o jogador Samu Chukwueze, então jogador do Villarreal, que sofreu insultos semelhantes no estádio de Eles. são Moix pela mesma pessoa, duas semanas depois.
O tribunal condenou o arguido a doze meses de prisão, condenando-o também a não aceder aos estádios de futebol onde decorrem jogos da Liga Nacional de Futebol Profissional e da Real Federação Espanhola de Futebol durante um período de três anos.
A suspensão da pena de prisão foi condicionada ao arguido, que pediu desculpas e manifestou o seu pesar com uma carta dirigida a Vinicius Júnior, participando num programa de igualdade de tratamento e não discriminação.