Toyota diz acreditar no futuro dos motores a combustão
Ex-CEO diverge de posição atual dos executivos e diz que elétricos serão “limitados”

A Toyota vive uma eterna dicotomia entre a oferta ou não de modelos elétricos no mercado. Embora tenha um bom volume de lançamentos e um plano de investimentos bastante robusto, executivos volta e meia dizem que os motores a combustão não serão extintos e que para os carros elétricos “haverá um limite”.
O CEO da Toyota, Koji Sato, disse em Tóquio nos últimos dias que o plano da gigante japonesa é de vender 1,5 milhão de veículos elétricos em uma meta a ser alcançada dentro de três anos. E que em 2030 já serão 3,5 milhões de unidades com tração elétrica - sempre em escala mundial.
No entanto, o ex ocupante desse cargo executivo, o atual presidente Akio Toyoda, disse à Bloomberg que “os motores a combustão interna irão sobreviver”.
Toyota é um defensor de uma matriz com múltiplas fontes de combustível como híbridos e célula de hidrogênio e por isso acredita pessoalmente que os carros elétricos serão no máximo 30% das vendas da Toyota no futuro.
A própria Toyota diverge sobre os números. Koji Sato disse no ano passado que os elétricos serão 44% das vendas da marca dentro de seis anos e 75% das vendas até 2040.
A Toyota já oferece modelos elétricos na Europa, Estados Unidos e na Ásia. Nos Estados Unidos há uma ampla oferta de carros híbridos enquanto na América do Sul há oferta desse tipo de veículo sem oferecer, por exemplo, modelos totalmente elétricos.