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Trabalhadores com ensino superior são os que mais demoram para voltar ao trabalho, segundo pesquisa

Em média, quem cursou uma faculdade leva 16,8 meses para conseguir um emprego

Por Da Redação, Agências
Ás

Trabalhadores com ensino superior são os que mais demoram para voltar ao trabalho, segundo pesquisa

Foto: Reprodução

O trabalhadores com ensino superior são os que levam mais tempo para conseguir voltar ao mercado de trabalho quando fica desempregados. Um brasileiro que concluiu a faculdade demora, em média, 16,8 meses para se recolocar. Já um profissional com ensino médio gasta 14,7 meses para encontrar um novo emprego. E quem concluiu o ensino fundamental demora 13,1 meses.

As informações foram compiladas pela consultoria iDados, com base nas informações do terceiro trimestre da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

Especialistas afirmam que há diversos fatores que contribuem para este fato. Os brasileiros com ensino superior costumam trabalhar em regime formal, já que em caso de demissão recebem indenização (FGTS e seguro-desemprego) e conseguem ter uma folga no orçamento para buscar novo emprego.

"Uma pessoa mais qualificada tem mais probabilidade de ter um vínculo formal e, portanto, já são criadas proteções para o indivíduo, o que diminui o grau de urgência para encontrar um novo emprego", afirma Bruno Ottoni, pesquisador do iDados.

Porém, para as empresas, a contratação de um trabalhador mais qualificado também costuma ser mais lenta. "Acredito que, na verdade, essa questão não é conjuntural, é da natureza das ocupações [que exigem ensino superior]. São processos de seleção mais criteriosos, a disponibilidade de vagas específicas é muito pequena. Isso não deve estar atrelado à conjuntura, até porque a taxa de desemprego [desse público] é menor do que a de outros grupos", diz Cosmo Donato, economista da LCA consultoria.

Exigências altas pelas empresas e salários baixos também agregam para as escolas de quem possui o ensino superior. Para a paulista Alessandra Pereira, de 49 anos, há uma dificuldade em encontrar uma vaga com salário à altura das competências e com carteira assinada.

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