Traficante preso por 720 kg de cocaína é ligado ao CV e sócio de TZ da Coronel

A Polícia Militar (PM) prendeu o campeão sul-americano de caratê Ruan Arno em posse de 720 kg de cocaína em 22 de fevereiro de 2022, em Balneário Piçarras, no litoral de Santa Catarina. No entanto, a droga não era dele. Após seguir pistas deixadas, a Polícia Federal (PF) concluiu que a cocaína pertencia a Bruno Santana Silva, conhecido como “Firmeza”, traficante apontado como fornecedor do Comando Vermelho (CV).

“Firmeza”, além de traficante, é sócio formal do rapper TZ da Coronel. A PF descobriu que o agenciamento do artista, assim como uma empresa de internet, fazem parte de uma vida de negócios lícitos que servem de fachada para um suposto chefão do tráfico. O músico nunca foi investigado pelos crimes atribuídos ao sócio.

Mesmo após a prisão, “Firmeza” e o rapper mantiveram relação de amizade, continuando como sócios na empresa responsável pela imagem do artista. TZ da Coronel foi testemunha de defesa na ação penal em que “Firmeza” é acusado de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. 

No depoimento, ele explicou que conhece "Firmeza" há anos devido à sua atuação no agenciamento de artistas. Em uma entrevista ao Metrópoles, o rapper afirmou que o indiciamento do sócio não está relacionado à atuação da empresa. Enquanto isso, a defesa de “Firmeza” argumenta que o processo da operação policial está repleto de nulidades, especialmente no que se refere à interceptação de mensagens e gravações ambientais, como aquela que menciona a carga de 720 kg de cocaína.