“Traidor”, dizem evangélicos após Bolsonaro indicar Kassio Marques ao STF
Grupo religioso esperava um nome “terrivelmente evangélico”

Foto: Ramon Pereira/Ascom-TRF1
Após indicar para o Supremo Tribunal Federal (STF) o desembargador Kassio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se tornou alvo de críticas e passou a ser chamado de “traidor” pelos evangélicos, que apoia ele desde as eleições de 2018.
De acordo com o Correio Braziliense, as criticas ao presidente foi uma reação ao fato de que ele não ter cumprido com a promessa de escolher um nome “terrivelmente evangélico” para ocupar uma cadeira na Suprema Corte. Além disso, também representa um receio do segmento de que o presidente esteja deixando de lado temas fundamentais para os cristãos, dentre eles a defesa do conservadorismo e a criminalização do aborto.
Na visão de algumas lideranças evangélicas, a nomeação de Kassio significa um retrocesso para as questões que envolvem os interesses da religião. Após a indicação do desembargador, o passado de Kassio foi minimamente analisado e, entre as descobertas, foi revelado que em sua tese de mestrado, cujo tema foi a Concretização judicial do direito à saúde, Kassio citou a legalização do aborto nos Estados Unidos e não fez ressalvas à prática. Ainda no documento, o candidato ao STF defendeu que o Judiciário pode ser acionado para fazer frente a maioria conservadora.