Transplantados infectados com HIV: polícia prende sócio de laboratório que emitiu laudos falsos dos órgãos no Rio de Janeiro
Walter Vieira é responsável técnico do laboratório, onde seis pacientes receberam órgãos contaminados pelo vírus HIV.
Foto: Divulgação/Rafael Campos/Governo RJ
Um dos sócios do PCS Lab Saleme, laboratório apontado pelo governo do Rio de Janeiro (RJ) como responsável pelo caso onde seis pacientes receberam órgãos contaminados pelo vírus HIV, foi preso durante a Operação Verum, nesta segunda-feira (14). A Polícia Civil tenta prender 4 pessoas no caso.
Walter Vieira é médico ginecologista e o responsável técnico do laboratório. Segundo a polícia, ele assinou um dos laudos com o falso negativo, que ocasionou a contaminação dos pacientes.
A sede do PCS Lab Saleme, em Nova Iguaçu, foi arrombada por agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) que cumpriam 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O local estava interditado desde a semana passada.
Além desse caso, a polícia ainda investiga se o laboratório falsificou laudos em outros casos, a unidade atendia outras 10 unidades de saúde estadual. Os envolvidos estão sendo investigados por crime contra as relações de consumo, associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e infração sanitária.
"A defesa de Walter e Mateus Vieira, sócios do PCS Lab Saleme, repudia com veemência a suposta existência de um esquema criminoso para forjar laudos dentro do laboratório, uma empresa que atua no mercado há mais de 50 anos. Ambos prestarão todos os esclarecimentos à Justiça”, disse, em nota, a defesa de Walter.
