Brasil

Três a cada dez servidoras federais dizem ter sofrido assédio sexual

A discriminação por gênero é o principal fator que dificultou a ascensão a um cargo de chefia (40,8%)

Por Da Redação
Ás

Três a cada dez servidoras federais dizem ter sofrido assédio sexual

Foto: Reprodução/Freepik

Um levantamento publicado pela República.org ouviu 282 mulheres, e revelou que 28,3% das respondentes vivenciaram no serviço público assédio sexual, 30% sofreram com violência psicológica e 15,5% relataram violência política. Mais da metade das mulheres entrevistadas identificaram a discriminação por gênero 55,1% no ambiente de trabalho. 

O estudo foi chamado de "Mulheres e liderança na burocracia federal", evidenciaram a falta de equidade dentro do serviço público federal. O perfil médio das entrevistadas ocupa um cargo de chefia (64,1%), entre 31 e 50 anos (76,1%), branca (69,4%), casada (57,1%), mãe ou madrasta (73,9%). Ademais, alto percentual tem especialização ou mestrado (71,4%) e renda acima de 10 salários mínimos (77,1%).

Cerca de 87,4% das entrevistadas teve uma chefe imediata mulher, porém, 70% consideraram a experiência como minoritária ao longo da carreira. Do total, 10% delas nunca foi chefiada por uma servidora. 

A discriminação por gênero é o principal fator que dificultou a ascensão a um cargo de chefia (40,8%). Outros fatores também estão inclusos como a conciliação do trabalho com a maternidade (38,3%) e a sobrecarga do trabalho doméstico (28%). 

O estudo foi desenvolvido pelas cientistas políticas Michelle Fernandez e Ananda Marques entre novembro e dezembro de 2023. Os dados preliminares revelam que o cuidado, enfrentamento das violências machistas, da discriminação de gênero e dos assédios moral e sexual, estão entre as maiores dificuldades que as mulheres vivenciaram ao longo de suas carreiras. 

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