Três alvos de quebra de sigilo da CPI acionam STF para suspender decisão
Defesas classificam pedido como "abusivo"
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Três dos 22 alvos da quebra de sigilo aprovado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a decisão.
A solicitação foi feita pela defesa de Zoser Hardman, ex-assessor especial do Ministério da Saúde; Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, conhecida como "Capitã Cloroquina"; e Hélio Angotti Neto, Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde.
Na ação, os advogados pedem que o STF suspenda as quebras de sigilo. A defesa de Hardman argumenta que a decisão é "ilegal e arbitrária" e que o requerimento não tem "fundamentação concreta para justificar a decretação da medida excepcional e extremada".
Já a defesa de Mayra Pinheiro disse que não há necessidade da quebra de sigilo. Também classificou o pedido como um "excesso abusivo" e uma "violência contra a dignidade" da secretária do Ministério da Saúde.
A defesa de Angotti disse o secretário está sendo "vítima de um ato abusivo praticado pela autoridade impetrada, o qual é desprovido de fundamentação específica, desarrazoado e desproporcional".
Quebra de sigilo
A CPI da Pandemia aprovou uma série de requerimentos que solicitam a quebra do sigilo telefônico e telemático de alvos da investigação da comissão, que incluem o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Além disso, a comissão também pediu a transferência do sigilo bancário e fiscal de empresas de publicidade e a convocação do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário.
Confira abaixo os nomes envolvidos nos requerimentos da CPI:
- Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República;
- Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores;
- Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde;
- Zoser Hardman, ex-assessor especial do Ministério da Saúde;
- Túlio Silveira, representante da Precisa Medicamentos;
- Paolo Zanotto, médico;
- Marcellus Campêlo, ex-secretário de Saúde do Amazonas;
- Luciano Dias Azevedo, médico;
- Hélio Angotti Neto, Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde;
- Francisco Ferreira Filho, Coordenador do Comitê da Crise do Amazonas;
- Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos;
- Francieli Fontana Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI);
- Flávio Werneck, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde;
- Antônio Elcio Franco Filho; ex-secretário Executivo do Ministério da Saúde;
- Camile Giaretta Sachetti, ex-diretora do departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde;
- Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
- Alexandre Figueiredo Costa e Silva Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU);
- Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde;
- Associação Dignidade Médica de Pernambuco
- Empresa PPR – Profissionais de Publicidade Reunidos
- Calya/Y2 Propaganda e Marketing
- Artplan Comunicação