Três capitais brasileiras caem no ranking das cidades mais caras para se viver
Das cinco primeiras colocadas, apenas uma fica fora da Ásia
Foto: Reprodução/Internet
Com base em mais de 200 itens, entre eles moradia, transporte, alimentação, vestuário, artigos domésticos e entretenimento, a consultoria empresarial Mercer elencou as 209 cidades mais caras para se viver no mundo. A campeã foi Hong Kong, no sudoeste da China.
Entre as cinco com maior custo de vida, quatro estão na Ásia. Somente Zurique, na Suíça, fica fora do continente. Em sexto lugar vem Nova York, nos Estados Unidos. A megalópole americana foi utilizada como base de comparação para todas as outras na 26ª Pesquisa Anual de Custo de Vida da Mercer.
O ranking avalia os custos para expatriados, considerando o impacto do dólar para quem mora nessas cidades. A consultoria realiza o levantamento anualmente para mostrar o cenário de custos de pessoal, valor de salário para empresas e governos que enviam gente para trabalhar "fora".
Não significa que elas sejam necessariamente mais caras para quem tradicionalmente ganha na moeda local, sem estar sujeito a flutuações cambiais. Por conta da valorização do dólar diante o real durante a pandemia do coronavírus, as três cidades brasileiras que aparecem na lista acabaram se tornando mais baratas em relação às demais.
Como o real perdeu valor diante do dólar, acabou ficando menos custoso manter funcionários por aqui. Por conta da valorização do dólar diante o real durante a pandemia, as três cidades brasileiras que aparecem na lista acabaram se tornando mais baratas em relação às demais.
Como o real perdeu valor diante do dólar, acabou ficando menos custoso manter funcionários por aqui. Em relação à pesquisa do ano passado, São Paulo foi da 86ª posição para a 130ª colocação este ano. Rio de Janeiro saiu de 121ª para 160ª, enquanto Brasília caiu 16 posições, de 174ª para 190ª.
“Essa variação é reflexo da queda nos custos de bens e serviços, quando comparado às demais cidades analisadas, além da depreciação do real frente às moedas estrangeiras. Por outro lado, elas podem se tornar mais baratas e mais atrativas para as empresas”, afirma, em nota, a líder de mobilidade da Mercer Brasil, Inaê Machado.
Esse tipo de movimento de queda relativa no custo de vida devido à variação cambial não ficou restrito ao Brasil. Cidades da Austrália e também da Europa caíram no ranking. Em contrapartida, cidades americanas como Los Angeles, Chicago e Honolulu subiram algumas posições, se tornando mais caros por conta do peso da moeda americana.