TRF mantém prisão preventiva do ex-governador Sérgio Cabral
Cabral tem 20 condenações; juntas. penas ultrapassam 350 anos de prisão
Foto: Agência Brasil
A Primeira Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) decidiu, nesta segunda-feira (9), manter uma das prisões preventivas a que foi condenado o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Na decisão, os desembargadores negaram um recurso da defesa de Cabral que pedia a suspensão da prisão, decretada em 2017 no processo da Operação Eficiência, que é desdobramento da Lava Jato.
De acordo com o TRF2, a defesa do ex-governador alegou no pedido de suspensão da prisão preventiva que ele teria se oferecido para colaborar com as investigações e que, por isso, não haveria motivos para mantê-lo no cárcere. Além disso, a defesa também pontuou que não haveria risco de fuga, já que seu passaporte está retido, e que não oferecia risco à ordem pública por estar fora do governo estadual desde 2014.
No total, o ex-governador tem 20 condenações e juntas as penas ultrapassam os 350 anos de prisão. Para a relatora do processo, a desembargadora federal Simone Schreiber, a soltura de Cabral poderia, sim, pôr em risco a ordem pública, porque ele ainda poderia exercer influência política mesmo estando afastado de mandatos eletivos.
A magistrada destacou ainda a quantidade e a gravidade das ações delituosas de que Cabral é acusado e reiterou que ele foi denunciado por ocupar posição de liderança de uma “organização criminosa de grande capacidade de organização e atuação”.