Mundo

Trio de economistas recebem o Prêmio Nobel de Economia 2024

A cerimônia foi realizada nesta segunda-feira (14); Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson receberão o prêmio.

Por Da Redação
Ás

Trio de economistas recebem o Prêmio Nobel de Economia 2024

Foto: Reprodução/Nobel Prize

O Prêmio Nobel de Economia de 2024 foi concedido a Daron Acemoglu, de 57 anos, Simon Johnson, de 61 anos e James A. Robinson, de 64 anos, por seus estudos sobre como as instituições são formadas e afetam a prosperidade entre as nações, gerando desigualdades. A cerimônia foi realizada nesta segunda-feira (14).

A Academia Real das Ciências da Suécia, responsável pelo prêmio, declara que os premiados deste ano "adicionaram uma nova dimensão às explicações anteriores para as diferenças atuais na riqueza dos países ao redor do mundo", mostrando que as diferenças regionais entre os climas, não podem ser analisas sem entender quais instituições socais foram instaladas em cada país.

Instituições extrativistas e instituições inclusivas

Os premiados avaliaram e atribuíram a situação econômica das nações ao modo que foram colonizadas. Em alguns países, os colonizadores chegaram com o objetivo principal de explorar os povos originários e os recursos naturais, gerando o que os pesquisadores classificam como "instituições extrativistas". Essas regiões costumavam ser as mais ricas, por conta de sua forte e rápida oferta de recursos econômicos para os colonos.

Em outras nações, os colonizadores formaram sistemas políticos e econômicos que visavam beneficiar os migrantes europeus naquelas regiões no longo prazo, classificadas como "instituições inclusivas". Esses países eram os mais pobres. 

As instituições extrativistas eram criadas para facilitar e manter a dinâmica extrativista fornecendo ganhos de curto prazo para as pessoas no poder, enquanto as instituições inclusivas criaria benefícios de longo prazo para todos, por esse motivo, ao longo do tempo foi gerada uma "reversão de riqueza".

Densidade demográfica

A densidade demográfica também foi atribuída como um dos fatores para a desigualdade. Os estudos dos pesquisadores revelaram que, quanto maior a população originária das regiões colonizadas, piores eram as instituições impostas pelos colonizadores.

No caso das instituições extrativistas, existia uma grande população dos povos originários que eram explorados, a instituição tinha o objetivo de "se concentrar em beneficiar uma elite local às custas da população em geral. Não havia eleições e os direitos políticos eram extremamente limitados", explicou a Academia.

Enquanto nas instituições inclusivas, as colônias com uma população originária era menor, e não dava conta de toda a demanda por mão-de-obra. Isso fez com que os países colonizadores criassem "instituições econômicas inclusivas que incentivassem os colonos a trabalhar duro e investir em sua nova terra natal".

Avanços tecnológicos, mortalidade dos colonos e democracia também são fatores essenciais da pesquisa

Os avanços tecnológicos trazidos pelas revoluções industriais, provocaram um maior aumento na desigualdade econômica entre as nações, segundo os estudos.

A mortalidade dos colonos também foi apontada como um fator determinante para o desenvolvimento das intuições dentro das colônias. Os pesquisadores também demonstraram que a democracia é um fator essencial para que um país desenvolva sistemas econômicos benéficos para toda a população no longo prazo.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário