Trump diz que vai mandar investigar suposto elo entre Epstein e Clinton
Trump diz que pedirá à procuradora-geral e ao FBI para investigar relação de Clinton e Epstein

Foto: Joyce N. Boghosian | Official White House Photo by
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje que a pressão para divulgar detalhes da rede de abuso sexual de Jeffrey Epstein é uma "farsa" promovida por democratas e que vai determinar uma investigação sobre o suposto relacionamento do empresário com o ex-presidente Bill Clinton
Trump diz que pedirá à procuradora-geral e ao FBI para investigar relação de Clinton e Epstein. "Os democratas estão fazendo tudo o que podem, com seu poder cada vez menor, para promover novamente a farsa sobre Epstein", escreveu o republicano em sua plataforma Truth Social.
Além de Clinton, o presidente disse que investigaria a relação do bilionário com outros nomes, como o ex-secretário do Tesouro Larry Summers. Ele também mencionou o investidor e empresário Reid Hoffman, o banco JP Morgan Chase e "muitas outras pessoas e instituições".
Trump disse que "provas" mostram os democratas "passando grande parte da vida nas ilhas de Epstein". Ele não detalhou, porém, quais provas seriam essas. "Epstein era um democrata, e ele é problema dos democratas, não dos republicanos!", escreveu ele nas mídias sociais
Post de Trump acontece dias após milhares de arquivos envolvendo Epstein serem publicados nas redes sociais. Em uma das mensagens, o bilionário diz que nunca conheceu "alguém tão ruim" quanto Trump
Acusado de manter uma rede de exploração sexual de menores e morto na prisão em 2019, Epstein teria dito ser o único "capaz de derrubar" o atual presidente dos EUA. A mensagem está entre os cerca de 20 mil arquivos que deputados do país tornaram públicos nesta semana.
Trump e Epstein foram amigos nas décadas de 1980 e 1990. Eles frequentavam eventos sociais juntos em Nova York e Flórida. A controvérsia em torno de seus laços estreitos com o criminoso sexual condenado persegue Trump desde julho passado, quando o Departamento de Justiça anunciou que não divulgaria mais informações sobre o financista nova-iorquino, que supostamente cometeu suicídio em 2019 enquanto aguardava julgamento na prisão.
RELEMBRE O CASO EPSTEIN
Epstein foi preso pela primeira vez em 2008, quando foi sentenciado a 13 meses de prisão. Na época, os pais de uma menina de 14 anos denunciaram à polícia que o empresário havia abusado sexualmente da garota em sua mansão. Outras possíveis vítimas foram descobertas e foram encontradas fotos de meninas na casa dele.
Jeffrey se livrou de pegar prisão perpétua. O bilionário fechou um polêmico acordo que o safou de ficar encarcerado pelo resto da vida, mas fez com que fosse registrado na lista federal de criminosos sexuais.
Ele voltou a ser preso em 2019 sob acusação de tráfico sexual. Jeffrey foi acusado de traficar dezenas de meninas, de explorá-las e abusá-las sexualmente. Desse caso, o bilionário se declarou inocente e sempre negou as acusações. Após um mês na cadeia, aos 66 anos, ele foi encontrado morto na cela em que estava detido. A causa de sua morte divulgada oficialmente foi suicídio.
Trechos de documentos do caso Epstein foram divulgados na imprensa e revelaram que famosos e políticos participaram das polêmicas festas do empresário. Personalidades como Leonardo DiCaprio, Cameron Diaz, Cate Blanchett, Bruce Willis, Kevin Spacey, George Lucas e Naomi Campbell foram citados, mas nenhum deles foi acusado pela prática de crimes.
Políticos como o ex-presidente Bill Clinton e o atual mandatários dos EUA, Donald Trump, também são citados em documentos. Os dois, porém, também não receberam acusações criminais formais.
Membro da realeza britânica, príncipe Andrew já respondeu a processo de abuso sexual relacionado ao caso Epstein. Ele foi acusado de manter relações sexuais com uma garota por intermédio do empresário em uma "orgia com várias menores de idade". Na época, o Palácio de Buckingham destituiu Andrew de seus deveres militares e de seu título real.

