Trump eleva tom contra Putin após recorde de bombardeios russos na Ucrânia
Presidente dos EUA afirma que líder russo está “brincando com fogo”

Foto: Evan Vucci/AP/dpa/picture alliance
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar duramente o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta terça-feira (27), ao afirmar que o líder russo está “brincando com fogo”. A declaração foi publicada na rede Truth Social e ocorre após a Rússia realizar, nos últimos dias, os maiores ataques aéreos desde o início da guerra na Ucrânia.
“Se não fosse por mim, muitas coisas realmente ruins já teriam acontecido com a Rússia — e quero dizer REALMENTE RUINS”, escreveu Trump, reforçando que conhece Putin pessoalmente e sugerindo uma mudança preocupante em seu comportamento. A afirmação ocorre dois dias após a Rússia lançar 367 drones e mísseis contra a Ucrânia em uma única madrugada, no maior bombardeio da guerra até o momento.
No domingo (25), o republicano já havia classificado Putin como “louco” em outra publicação, e em abril pediu publicamente que o presidente russo interrompesse os ataques a Kiev, em um raro posicionamento mais firme desde que reassumiu a Casa Branca em janeiro. Trump havia prometido encerrar a guerra em 24 horas ao assumir o cargo, mas as negociações entre EUA, Rússia e Ucrânia não avançaram conforme o esperado.
Ao mesmo tempo, a escalada militar tem gerado reações do lado europeu. Países aliados da Ucrânia, como Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, autorizaram o uso de armamentos de longo alcance para ataques dentro do território russo. A decisão foi duramente criticada pelo Kremlin.
Nesta terça, o porta-voz Dmitry Peskov acusou a Ucrânia de intensificar bombardeios em solo russo com o objetivo de sabotar eventuais negociações de paz. Ele afirmou ainda que a Europa estaria envolvida “indiretamente” no conflito ao manter o envio de armas a Kiev. “Isso constitui uma participação indireta na guerra contra a Rússia”, declarou Peskov, segundo a agência estatal RIA Novosti.
A tensão entre os líderes aumenta em meio à crescente complexidade do conflito, que já dura mais de três anos e segue sem uma perspectiva clara de resolução diplomática.