Trump, mercado financeiro e COP 30: veja alguns desafios que Lula enfrentará em 2025
Presidente da República está no penúltimo ano do terceiro mandato
Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inicia o penúltimo ano do terceiro mandato com alguns desafios: corrigir a comunicação do governo, estabelecer uma relação estratégica com Donald Trump nos Estados Unidos, viabilizar avanços na preservação ambiental durante a COP 30, que será realizada em Belém, e melhorar a relação com o mercado financeiro.
Nesse último caso, Lula deve adotar medidas que contribuam para a redução da taxa Selic, atualmente em 12,25% ao ano, e da cotação do dólar, que ultrapassa R$ 6. Recentemente, Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacaram que estão atentos à necessidade de implementar novas ações para garantir o equilíbrio fiscal.
Lula foi aconselhado a melhorar a relação com o mercado financeiro, com o objetivo de estimular a queda da Selic e do dólar, fatores essenciais para o controle da inflação e a manutenção de números positivos na economia, como o crescimento do Produto Interno Bruno (PIB) e a redução do desemprego e da miséria.
No que se refere à comunicação do governo, Lula já afirmou publicamente que fará as “correções necessárias” para melhorar a divulgação das medidas adotadas pela gestão, além de intensificar o enfrentamento com a direita nas redes sociais.
Existe a possibilidade de o presidente trocar o ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta. Sidônio Palmeira, marqueteiro da campanha de Lula em 2022, é cotado para assumir a pasta responsável pela publicidade, redes sociais e assessoria de imprensa da Presidência.
Brics e COP 30
Neste ano, Lula será o anfitrião de dois eventos internacionais de grande relevância: a cúpula dos países do Brics e a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, a COP 30.
A COP 30 será realizada em novembro, em Belém, reunindo chefes de Estado e de governo, empresários, cientistas e ativistas para discutir estratégias de combate ao aquecimento global e preservação do meio ambiente.
Lula, que se comprometeu a zerar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, defende que países ricos repassem recursos para apoiar nações mais pobres na preservação de florestas, além de promover a transição energética e a adaptação climática.
Relação com Trump
Outro desafio internacional será a relação com os Estados Unidos, que voltam a ser governados por Donald Trump a partir de 20 de janeiro.
Embora Lula tenha apoiado a candidata derrotada, Kamala Harris, ele busca construir uma relação pragmática com Trump. O petista pretende adotar uma abordagem similar à que tem utilizado com Javier Milei, adversário político e presidente da Argentina, priorizando interesses estratégicos.