TSE atualiza sistema de filiação partidária com dupla autenticação
Mudança ocorre após filiação,erroneamente, do presidente Lula ao PL
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Foto: Secom / TSE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou que o Sistema de Filiação Partidária, conhecido como Filia, passará por uma atualização, incorporando o segundo fator de autenticação através do e-Título. A decisão foi tomada após um incidente na última semana envolvendo a filiação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao Partido Liberal (PL), antigo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, resultando na abertura de um inquérito pela Polícia Federal.
A mudança de partido atualmente exige o uso de uma senha especial e um cadastro na Justiça Eleitoral. No caso de Lula, o TSE identificou que a senha utilizada para a mudança pertencia à advogada Ana Daniela Leite e Aguiar, do PL. No entanto, ainda não há confirmação sobre se ela foi a responsável pela alteração ou se o cadastro foi utilizado por terceiros.
O suposto caso de falsidade ideológica levou o TSE a antecipar os planos de atualização do sistema, que agora será lançado em fevereiro. Com a implementação do novo sistema, todas as pessoas que operam o Filia com o uso de senha terão que utilizar também o e-Título para confirmar o acesso, exigindo o cadastramento prévio de biometria na Justiça Eleitoral.
A autenticação em dois fatores, comum nos sistemas modernos, adiciona uma camada extra de proteção. Quando acessar o Filia, o representante do partido deverá, além da senha, preencher uma informação solicitada na tela do sistema, a ser confirmada através do aplicativo da Justiça Eleitoral.
Para a implantação dessa atualização, o sistema ficará indisponível a partir deste sábado (13), com previsão de conclusão no início de fevereiro.