TSE condena Bolsonaro por fazer campanha antecipada em abril com motociata
Ricardo Lewandowski, Benedito Gonçalves, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes votaram a favor da condenação
Foto: Agência Brasil
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), condenou o presidente Jair Bolsonaro nessa terça-feira (20) a pagar uma multa de R$5 mil, por participação em uma motociata em abril deste ano. Os ministros entenderam que Bolsonaro fez propaganda eleitoral antecipada, descumprindo a lei eleitoral.
Os ministros Benedito Gonçalves, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, votaram a favor da condenação. No entendimento dos magistrados, a motociata em si não caracteriza propaganda eleitoral e não houve nenhum pedido de voto explícito, porém, foram feitas algumas menções que deixaram claro o objetivo de conseguir votos e apoios em torno da campanha de reeleição de Bolsonaro.
A ministra Cármen Lúcia, citou falas do presidente onde ele afirma ter recebido uma missão de Deus para estar a frente do poder Executivo, e que se fosse da vontade de Deus, continuaria no cargo. Já o ministro Alexandre de Moraes, também concordou com o entendimento da ministra, e disse que a motociata que aconteceu em abril é “exatamente igual” aos atos que os aliados do presidente tem feito agora durante a campanha.
“A campanha é feita assim hoje. Tanto hoje quanto em abril. Só que em abril não podia, então era campanha antecipada”, disse. Ninguém mais chega e fala ‘vote em mim’. Agora, ‘Precisamos continuar’, ‘É o bem contra o mal’… Aqui, inclusive, pode não ser a palavra mágica, mas está quase lá em alguns discursos”, justificou Moraes.
A ação analisada foi apresentada pelo PT, que alegou que o evento foi apenas um "pretexto" para que Bolsonaro pudesse pedir votos e realizar propaganda antecipada.