TSE convida União Europeia e outros organismos internacionais para acompanhar eleições
OEA também foi convidada pela terceira vez para observar o processo eleitoral no Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Em decisão inédita, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) convidou nesta terça-feira (12) a União Europeia, a Organização dos Estados Americanos (OEA), a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES), o Parlamento do Mercosul (Parlasul), a União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore) e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para serem observadores internacionais nas eleições presidenciais deste ano.
A OEA já monitorou as eleições brasileiras em 2018 e em 2020. As demais organizações foram convidadas pela primeira vez.
O TSE apontou que as conversas com os organismos internacionais estão em andamento, mas que as organizações já demonstraram interesse em participarem.
Os observadores internacionais são organizações estrangeiras responsáveis por produzir relatórios com todas as informações que são percebidas durante o processo eleitoral.
Em fevereiro, a Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos divulgou um relatório apontando o aumento da violência nas eleições de 2020, devido ao acirramento da disputa. O documento foi entregue ao ministro Luís Roberto Barroso, que a época estava no comando do TSE.
Os observadores internacionais da OEA que acompanharam a realização dos dois turnos das eleições de 2020 apontaram que era "inaceitável" o uso da violência durante o pleito e a rejeitou "enfaticamente em qualquer circunstância, especialmente na democracia”.